Moções Proféticas





 MOÇÕES DO MINISTÉRIO UNIVERSIDADES RENOVADAS DE SANTA MARIA

1 Batalhão de Elite

A imagem é de um batalhão. Soldados vestidos e preparados para a guerra. Com os rostos pintados. Um batalhão que vai a frente, um batalhão corajoso, destemido. Um Batalhão de Elite.

Soube-o Báquides e, no dia de sábado, avançou com um poderoso exército até a margem do Jordão. Dirigindo-se então a seus companheiros, disse-lhe Jônatas: ‘Vamos, pelejemos agora por nossa vida, porque hoje não é como ontem e anteontem. Eis a batalha diante e atrás de nós; de um lado e de outro do rio Jordão, um pântano, um bosque: não há meio de escapar. Clamai, pois, agora ao céu, para nos livrar de nossos inimigos.’ E travou-se o combate[1].

Nenhum ouvido ouviu, olho algum viu outro deus salvar assim àqueles que contam com ele[2].

Eis o Batalhão de Elite do Senhor. Eis os servos escolhidos para ocupar este lugar. Eis a profecia e o desejo de Deus: “Do Ministério Universidades Renovadas de Santa Maria eu faço o Meu Batalhão de Elite. Sobre vocês Eu derramo o dom da fortaleza para que anunciem destemidamente o Meu nome e a Minha obra”.
Irmãos amados, eis o nosso chamado. Somos chamados a ser o BOE, o Batalhão de Elite do Senhor. Um Batalhão de Elite armado e preparado para o combate. Um Batalhão onde Deus coloca a sua confiança e que foi escolhido a dedo por Ele. Esta foi a profecia que o MUR/SM recebeu no Encontro Estadual do MUR (2008), profecia que recebemos dos nossos irmãos de outras dioceses que estavam presentes neste encontro e que rezaram por nós. Profecia que veio se confirmando diversas vezes nas nossas orações diocesanas.
Somos Batalhão de Elite e precisamos tomar os nossos postos.
O que é um Batalhão de Elite? Dentro da organização do exército o termo “Batalhão de Elite” ou “Tropa de Elite” é utilizado para nomear as unidades militares com um treinamento excelente e armamento superior, que são destinadas a agir de forma decisiva nas ações militares. No passado faziam parte da guarda pessoal de grandes figuras do Estado e hoje possuem a função de manter o território nacional a salvo, além de intervirem em caso de emergência. É um Batalhão pequeno, composto por poucas pessoas, altamente capacitadas para a missão, porque ingressar nas forças de elite, no geral, é extremamente difíceis e quando ingressa, o soldado deve passar por um treinamento longo, exaustivo e bastante complicado.
Como funciona um Batalhão de Elite? Armados com fuzis, pistolas e metralhadoras e usando máscaras anti-gás e coletes a prova de balas, os soldados avançam. Os que vão na frente carregam escudos que pesam quase cinco quilos e resistem a impactos de até quinhentos quilos, sejam facadas, golpes de ferro, tijoladas, estilhaços de granadas. Eles são seguidos por outros soldados que conduzem cães especialmente treinados. Carregam um cassetete de aço com empunhadeira. Outra parte do grupo, os “granadeiros”, leva armas especiais: granadas de gás pimenta e de gás lacrimogêneo. Se a ação precisar se estender até a noite, contam com binóculos infravermelhos.
Esta é a organização de um Batalhão de Elite. E não foi a toa que Deus usou este termo quando se referiu a missão do MUR/SM. Eis que estamos em batalha.
Algo precisa ficar claro. Já somos este Batalhão de Elite escolhido e capacitado por Deus. Nada mais somos, como diz em Esd. 9, 15a, do que um resto de sobreviventes. Quantos universitários, professores, funcionários nós possuímos aqui em Santa Maria? Quantas pessoas já passaram pelos nossos GOUs, ou pelo menos já ouviram falar dele e nunca mais voltaram? Os nossos GOUs poderiam estar cheios, o nosso Ministério poderia estar fervilhando, mas o treinamento do Batalhão de Elite é longo, exaustivo e bastante complicado. Eis que ficaram os sobreviventes.
Depois do Encontro Estadual, Deus fez questão de não permitir que esta moção caísse no esquecimento em nossa diocese. E a cada oração, a cada intercessão, a palavra de Deus voltava a falar deste exército especial que ele designou. Por diversas vezes houve dúvida se esta era uma moção que deveria ser passada a todos os luquinhas de Santa Maria, por ser uma palavra forte, mas Deus confirmou diversas vezes na palavra que este exército precisava se levantar e que as pessoas precisavam tomar os seus postos, por isso a decisão de passar a moção a todos.
Como Batalhão de Elite temos um inimigo a quem combater, responsável por desestruturar e derrubar o nosso exército e é a ele que precisamos vencer.

Pois, não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os principes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares[3].

O inimigo sabe do poder de um Batalhão de Elite, sabe que a sua ação acontece no foco, que são as universidades e os profissionais, e é certeira, o sonho de amor bombando no coração de todo o mundo, por isso ele busca confundir e fazer com que os soldados abandonem os seus postos.
Em oração pelo nosso Ministério o Senhor deu novamente a imagem do MUR/SM vestidos e apostos como um exército em trenamento e o engraçado foi a associação utilizada com o filme “tropa de Elite”, onde neste exército que se levanta em Santa Maria, o inimigo vinha batia na cara das pessoas, humilhava, induzia a que pensassem que não eram capazes nem dignos da missão e que seus objetivos, o sonho pelo qual lutavam era impossível, dizendo para as pessoas que deveriam “pedir para sair”. Isso é real. Isso acontece no nosso meio, o inimigo tenta nos humilhar e nos confundir e muitos estão se perdendo pelo caminho, muitos estão “pedindo pra sair” por causa disso e Deus vem nos alertar, porque somos o Seu Batalhão de Elite e Ele não quer mais perder soldados. Por isso, precisamos estar de prontidão e não nos deixar enganar pelo mal, pois o nosso inimigo é o pai da mentira. Mas Deus vem nos dar a certeza de que somos seus escolhidos:

Tu és meu servo, eu te escolhi, e não te rejeitei, nada temas, porque estou contigo, não lances olhares desesperados, pois eu sou teu Deus; eu te fortaleço e venho em teu socorro, eu te amparo com a minha destra vitoriosa. Vão ficar envergonhados e confusos todos aqueles que se revoltam contra ti; serão aniquilados e destruídos aqueles que te contradizem; em vão os procurarás, não mais encontrarás aqueles que lutam contra ti; serão destruídos e reduzidos a nada aqueles que te combatem[4].


O inimigo já está vencido. Ele já é um derrotado e sabe disso. Já somos vitóriosos pela salvação de Jesus Cristo e por isso o inimigo está furioso buscando confundir e perder as pessoas. Nós precisamos dar um basta nisso. Se o inimigo já está derrotado, se a vitória já é nossa, chega de sermos humilhados, chega de ficar chorando pelos cantos e pensando que não vale a pena, que o sonho nunca vai se espalhar que nunca vai ser real, que os nossos GOUs não tem gente, que as pessoas preferem fazer outras coisas ao invés de irem para o GOU, ao invés de participarem do Ministério Universidades Renovadas. Chega de ficar levando tapa na cara do nosso inimigo, levantemos o nosso exército! Fiquemos em pé! Lutemos pela nossa vida, pela vida dos nossos irmãos, pelo sonho de amor... Pois, lutamos em nome de Jesus e por isso a vitória já é nossa.
Fiquemos apostos. Tomemos as nossas armas e os nossos escudos, pois um soldado de Elite não vai para a batalha de peito aberto, na cara e na coragem, se achando o bom e completamente desprotegido para enfrentar o inimigo. Tomemos do nosso armamento superior e vamos a batalha.

Não são carnais as armas com que lutamos. São poderosas, em Deus, capazes de arrasar fortificações[5].


“A oração do Terço deve ser a vossa ferramenta de batalha, através desta oração Maria se faz presente ao vosso lado”. Esta é a dica do Senhor. Que nenhum soldado vá para a guerra sem possuir em mãos o terço, para que Nossa Senhora possa ir sempre a nossa frente. Ela que esmaga a cabeça da serpente e que na sua humildade é capaz de aniquilar o inimigo. Clamemos sempre a intercessão da Virgem Maria e a proteção do seu manto sagrado como escudo sobre nós. Deus dá a palavra de que as pessoas do MUR/SM estão frustradas porque apesar de todo o esforço que se faz e de todo o amor que se coloca nas obras para alcançar o sonho, não conseguem ver os frutos dos seus esforços. Como solução para esta barreira Deus nos instrui a utilizarmos outra arma poderosíssima: “busquem a Santa Eucaristia”. “Aqueles que buscam o corpo e o sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, estão em comunhão com Ele e são vencedores como Ele”. Um bom soldado é obediente e escuta as ordens de seu superior. O nosso general, o nosso superior é o próprio Jesus, aprendamos a escutar a palavra de Deus tendo a prática da Oração Pessoal e a leitura da Sagrada Escritura. É preciso ouvir atentamente as ordens do Senhor, para que o Batalhão se organize e esteja pronto para a luta. Quanto maior a graça que precisamos alcançar, maior o tempo de adoração que precisamos fazer. Quando adoramos a Jesus no Santíssimo Sacramento, reconhecemos que somos pequenos e miseráveis e que nada podemos fazer sem o Seu auxilio. Reconhecemos a Deus como o Senhor da nossa vida e que só Ele tem poder sobre nós.
Como Batalhão de Elite precisamos posicionar os nossos soldados para que tenhamos um exército organizado, alerta e unido para o combate, para que a ação seja certeira e sem falhas. Eis que a primeira tropa já iniciou a sua marcha. Os primeiros soldados da elite do Senhor já estão marchando carregando os pesados escudos que protegem contra as investidas do inimigo. Nada pode atingir o nosso exército porque nada passa pelo escudo da oração que os nossos intercessores carregam com garra. Todos os sacrifícios oferecidos a Deus, os jejuns, a oração do terço, as adorações, cada oração, cada joelho no chão dos nossos servos tem produzido compaixão e misericórdia no coração do nosso Deus e têm erguido uma muralha diante de nós, que não permite que o mal nos atinja e que nos faz marcharmos cada vez mais.

Grande foi a raiva de Sanabalat quando soube que reconstruímos a muralha. Em sua cólera, escarneceu dos judeus, e disse diante de seus irmãos e do exército da Samaria: ‘Que querem fazer estes miseráveis judeus? Porventura permitiremos que o façam? Querem eles oferecer sacrifícios? Chegarão ao cabo de sua empresa? Tirarão por acaso pedras destes montes de areia calcinada?’ E Tobias, que estava ao seu lado, ajuntou: Deixem-nos reconstruir! Virá uma raposa e fará cair a sua muralha de pedra.’ Ouvi, ó nosso Deus, como nos desprezam. Fazei recair sobre suas cabeças todos os seus insultos. Fazei deles a presa de outros numa terra de exílio. Não perdoeis sua iniqüidade, e que seu pecado jamais seja esquecido diante de vossa face, tão grande é o escândalo que fizeram diante dos construtores! Reconstruímos o muro, reparamo-lo inteiramente até a metade de sua altura, tanto era o ânimo do povo para trabalhar[6].


O inimigo está furioso porque nós, para Honra e Glória do Senhor, estamos reconstruindo a muralha. Porque pelo ânimo dos nossos operários, de cada um dos nossos soldados, já reparamos inteiramente até a metade da altura deste muro. Louvado seja Deus porque a primeira tropa que já está marchando já ergue esta muralha e abre caminho ao restante do exército. Que venha agora o restante da tropa!!! Que se levantem os profetas!!! Os atiradores de elite do Senhor. Que lançarão suas granadas proféticas e atingirão as nossas universidades. Que lançarão bombas de pura unção e efusão no Espírito. Que metralharão as pessoas com a Palavra de Deus. Que venham com coragem, sem medo de meter a cara, certos da vitória e da proteção de Deus e confiantes na eficácia do primeiro batalhão de escudeiros intercessores do Senhor que sustentarão esta proteção durante toda a sua missão e que este batalhão sustente seus escudos na certeza de que serão amparados pelos outros irmãos e soldados de Cristo que seguem logo atrás. E desta forma somos um Batalhão de Elite que trabalha unido em “um só coração”. Esta foi outra palavra profética que recebemos no encontro estadual. “Vocês devem fazer a obra unidos, em um só coração”.


[1] I Mc. 9, 43-46.
[2] Is. 64,4.
[3] Ef. 6,12.
[4]  Is. 41, 8-12.
[5] IICor. 10, 4.
[6] Ne.3, 33-38.


 2 Aliança de Sangue

Aliança é um acordo, um pacto, uma união. Cada um dos pactos que, segundo as Escrituras, Deus fez com os homens.
Nas Sagradas Escrituras por diversas vezes nós podemos encontrar Alianças feitas entre Deus e os homens. Ele fez uma aliança com o povo através de Noé (Gn. 9, 8-17), através de Abraão (Gn. 17, 1-8), onde garantiu multiplicar ao infinito a sua descendência. “Este é o pacto que faço contigo: serás o pai de uma multidão de povos... Faço aliança contigo e com tua posteridade.... Darei a ti e a teus descendentes depois de ti a terra em que moras como peregrino, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o teu Deus”; através de Moisés (Ex. 19 a 24), onde Deus se manifesta a Moisés no Monte Sinai, institui os 10 mandamentos e as suas leis. E ainda em muitas outras ocasiões.
E Deus quis fazer com o MUR/SM uma Aliança, que não é qualquer Aliança. Que não é uma aliança de ouro ou prata, como as de casamento, nem de nenhum outro metal que pode ser corroído, ou enferrujado. A Aliança que Deus faz com o MUR/SM é uma Aliança de Sangue.
A primeira vez que Deus falou ao MUR/SM a respeito desta aliança foi em um momento de oração diocesana, onde um dos nossos luquinhas teve uma imagem profética. A imagem era de todos nós completamente lavados e manchados com o Sangue do Cordeiro, com o Sangue de Cristo, o local onde estávamos ficava manchado com este sangue também e nós chamávamos a atenção das pessoas pela mancha de sangue que carregávamos e a cada passo que dávamos o sangue se derramava e ia manchando todos os lugares onde passávamos e todas as pessoas que se aproximavam de nós.
Algum tempo depois no Encontro Estadual do MUR, recebemos uma confirmação desta moção e o entendimento da Aliança de Sangue. A palavra profética foi a seguinte: “Deus vem restaurar sua aliança com este Ministério em Santa Maria. Nomeia novos profetas dentro do MUR; profetas do amor e defensores da vida. Através desta aliança que é restaurada, Deus faz com todos vocês uma reconciliação e derrama o seu sangue sobre cada um de vós”. E esta moção teve confirmação na palavra. Vou destacar aqui algumas partes mais relevantes, mas é importante fazer toda esta leitura.

Moisés, ao concluir a proclamação de todos os mandamentos da lei, em presença de todo o povo reunido, tomou o sangue dos touros e cabritos imolados, bem como a água, lã escarlate e hissopo, aspergiu com sangue não só o próprio livro, como também todo o povo, dizendo: Este é o sangue da aliança que Deus contraiu convosco. E da mesma maneira aspergiu o tabernáculo e todos os objetos do culto. Aliás, conforme a lei, o sangue é utilizado para quase todas as purificações, e sem efusão de sangue não há perdão”. “... (Cristo) não entrou para se oferecer muitas vezes a si mesmo, como o pontífice que entrava todos os anos no santuário para oferecer sangue alheio. Do contrário, lhe seria necessário padecer muitas vezes desde o principio do mundo; quando é certo que apareceu uma só vez ao final dos tempos para destruição do pecado pelo sacrifício de si mesmo[1].

Deus contraiu uma Aliança de Sangue com o MUR/SM. Sangue que de acordo com a Palavra representa misericórdia, perdão e purificação. Deus nos mancha com o sangue da aliança, e não é qualquer sangue, é o Sangue do próprio Cordeiro de Deus, de Nosso Senhor Jesus Cristo. Firmando esta aliança conosco, MUR/SM, assim como quando firmava aliança com os profetas do Antigo Testamento, firma aliança com todo o nosso povo e com toda a nossa nação. Com os universitários e profissionais. Com as universidades, onde Ele deseja derramar da sua misericórdia e para quem Ele deseja dar o seu perdão e fazer uma reconciliação através desta Aliança.
O próprio Cristo vem aspergir o seu sangue em nós para que sejamos manchados com Seu Sangue e de acordo com a primeira imagem seremos reconhecidos por esta mancha de sangue, o sangue da Aliança que Deus fez conosco. E nós mancharemos com este sangue todos que se aproximarem de nós e toda a nossa nação, a nossa universidade, a nossa casa, o nosso Grupo de Oração, derramando junto com o sangue a misericórdia de Deus e propagando a Aliança para toda a eternidade.

Expressamente vos ordenamos que não ensinásseis nesse nome. Não obstante isso, tendes enchido Jerusalém de vossa doutrina! Quereis fazer recair sobre nós o sangue deste homem![2].
 
Este é o versículo do Sonho. Este é o versículo do MUR. Esta é a nossa Missão. Não importa a dificuldade, não importa a provação, a nossa missão é derramar a misericórdia de Deus sobre as nossas universidades, sobre a nossa nação. É lavar o povo com o sangue de Jesus, porque a Aliança não apenas conosco, mas com toda a nação.
E para encerrar, uma última palavra que confirma as duas moções proféticas juntas, mostrando a unção de Deus sobre o Ministério Universidades Renovadas de Santa Maria.

Não temais seu número, disse Judas a seus companheiros, e nem receeis seu choque. Lembrai-vos como nossos pais foram salvos no mar Vermelho, quando o faraó os perseguia com seu exército. Gritemos agora para o céu para que ele se apiede de nós, que se lembre da Aliança com nossos antepassados e queira hoje esmagar esse exército aos nossos olhos. Todas as nações saberão que Israel possui um libertador e um salvador[3].

Que o céu se lembre da Aliança que fez com o MUR/SM, a ALIANÇA DE SANGUE, de vida, de salvação e redenção. Uma aliança que nos torna irmãos em Cristo e com Cristo. Uma aliança que nos faz eternos vencedores.


[1] Hb. 9, 15-28.
[2] At. 5,28.
[3] IMc. 4, 8-11.

3 Rhema do MUR/SM para o “Novo Tempo”

Cantarei, eternamente, as bondades do Senhor; minha boca publicará sua fidelidade de geração em geração. Com efeito, vós dissestes: “a bondade é um edifício eterno.” Vossa fidelidade firmaste no céu. “Concluí, dizeis vós, uma aliança com o meu eleito; liguei-me por juramento a Davi, meu servo. Conservei tua linhagem para sempre, manterei teu trono em todas as gerações”. Senhor, os céus celebram as vossas maravilhosas obras, e na assembléia dos santos a vossa fidelidade. Quem poderá, nas nuvens, igualar-se a Deus? Que é semelhante ao Senhor entre os filhos de Deus? Terrível é Deus na assembléia dos santos, maior e mais tremendo que todos os que o cercam. Quem se compara a vós, Senhor, Deus dos exércitos? Sois forte, Senhor, e cheio de fidelidade. Dominais o orgulho do mar, amainais suas ondas revoltas. Calcastes a Raab e o transpassastes; com poderosos braços dispersastes vossos inimigos. Vossos são os céus e também a terra; vós que criastes o globo e tudo o que ele contém. O norte e o sul vós os fizestes; Tabor e Hermon em vosso nome exultam. Tendes o poder em vosso braço, a firmeza na mão, a autoridade em vossa destra. A justiça e o direito são o fundamento de vosso trono; a bondade e a fidelidade vos precedem. Feliz o povo que vos sabe louvar: caminha na luz de vossa face, Senhor. Vosso nome lhe é causa de contínua alegria, pela vossa justiça ele se glorifica, porque sois o esplendor de sua força, e é vosso favor que nos faz erguer a cabeça, pois no Senhor está o nosso escudo, e nosso rei no Santo de Israel. Outrora, em visão, falaste aos vossos santos e dissestes-lhes: “impus a coroa a um herói, escolhi meu eleito dentre o povo. Encontrei Davi, meu servidor, e o sagrei com a minha santa unção. Assistir-lhe-á sempre a minha mão, e o meu braço o fortalecerá. Não o há de surpreender o inimigo, nem ousará oprimi-lo o malvado. Sob seus olhos esmagarei os seus contrários, serão feridos aqueles que o odeiam. Com ele ficaram minha fidelidade e bondade, pelo meu nome crescerá o seu poder. Estenderei a sua mão por sobre o mar, e a sua destra acima dos rios. Ele me invocará: “Vós sois meu Pai, vós sois meu Deus, e meu rochedo protetor.” Por isso, eu o constituirei meu primogênito, o mais excelso dentre todos os reis da terra. Assegurado lhe será o favor eterno, e indissolúvel será meu pacto com ele. Dar-lhe-ei uma perpétua descendência, seu trono terá a duração dos céus. Se, porém, seus filhos abandonarem a minha lei, se não observarem os meus preceitos, se violarem as minhas prescrições e não obedecerem Às minhas ordens, eu punirei com vara a sua transgressão e a sua falta castigarei com açoite. Mas não lhe retirarei o meu favor e não trairei minha promessa, não violarei minha aliança, não mudarei minha palavra dada. Jurei uma vez por todas pela minha santidade: a Davi não faltarei jamais. Sua posteridade permanecerá eternamente e seu trono, como o sol, subsistirá diante de mim, como a lua que existirá sem fim, e o arco-íris, fiel testemunha nos céus”. E, contudo, vós o repelistes e rejeitastes; gravemente vos irritastes contra aquele que vos é consagrado. Rompeste a aliança feita com o vosso servidor, lançastes por terra sua coroa, derrubaste todos os seu muros, arruinaste as suas fortalezas. Saquearam-no todos os transeuntes, e o escarneceram os seus vizinhos. A mão de seus inimigos exaltastes, de gozo enchestes todos os seus contrários. Embotastes o fio de sua espada, não o sustentastes na batalha. Fizestes terminar seu esplendor, por terra derrubaste seu trono. Abreviastes a sua adolescência, e de ignomínia o cobristes. Até quando, Senhor? Até quando continuareis escondido? Até quando estará acessa a vossa cólera? Lembrai-vos de como é curta a nossa vida, e quão efêmeros os homens que criastes. Qual é o vivo que se livra da morte, ou pode subtrair sua alma ao poder da morada dos mortos? Vossa bondade de outrora, ó Senhor, onde estão? E os juramentos que a Davi fizestes de fidelidade? Considerai, Senhor, a vergonha imposta aos vossos servidores. Levo em meu seio ultrajes das nações pagãs, insultos de vossos inimigos, Senhor, injurias que lançam até nos passos daquele que vos é consagrado. Bendito seja o Senhor eternamente! Amém! Amém![1]


[1] Salmo 88.

4 Destruição e Reconstrução de Israel: os passos a serem seguidos neste novo tempo de conversão e vida.

Essa moção nos foi dada logo após o nosso retorno de Palmas/TO. Deus nos fala de conversão e vida e nos dá a palavra de que a nossa conversão como a conversão de São Paulo, deve ser uma experiência de morte e ressurreição. Morrer para o homem velho, para o pecado, para tudo o que existe em nós que nos afasta de Deus, morrer Saulo, para renascer o homem novo, restaurado, convertido e abandonado em Deus, nascer Paulo.

Então que diremos? Permaneceremos no pecado, para que haja abundância da graça? De modo algum. Nós que já morremos ao pecado, como poderíamos ainda viver nele? Ou ignorais que todos que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na sua morte pelo batismo, para que, como Cristo ressurgiu da morte pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova. Se fomos feitos o mesmo ser com ele com uma morte semelhante à sua, sê-lo-emos igualmente por uma comum ressurreição. Sabemos que o nosso homem velho foi crucificado com ele, para que seja reduzido a impotência o corpo (outrora) subjugado ao pecado, e já não sejamos escravos do pecado. (Pois quem morreu, libertado está do pecado)[1].


Para isso Deus nos deu uma palavra em Ezequiel, capítulos 36 e 37, para guiar todos os nossos passos neste novo tempo, tempo de conversão, tempo de morte e ressurreição, dando-nos os passos a serem seguidos.

- Destruição de Israel: um novo tempo se inicia por isso é necessário destruir tudo o que ficou para trás. Somos chamados a “profetizar contra Israel”. Assim como Deus enviava os seus profetas a profetizar contra as nações que desobedeciam as suas ordens, somos chamados a profetizar contra Israel, profetizar a sua destruição.

Entrego-te Meu povo, vai arrancar e derrubar. Para edificares, destruirás e plantarás. (...) é hora de lutar, porque Meu povo sofrendo está[2].

 Profetizar a destruição de Israel é profetizar a nossa própria destruição, é profetizar contra tudo o que existe em nossa vida que não vem de Deus, é profetizar a destruição de todos os pilares que sustentam a nossa vida, mas que não foram construídos de acordo com a vontade de Deus. Devemos profetizar contra os ídolos de Israel. Depois da destruição de Israel, das orações de renúncia, a cidade estará devastada e assim permanecerá até o tempo de ser reconstruída.

Ao sair do templo, os discípulos aproximaram-se de Jesus e fizeram-no apreciar as construções. Jesus, porém, respondeu-lhes: “vedes todos estes edifícios? Em verdade vos declaro: não ficará aqui pedra sobre pedra; tudo será destruído”[3].


Deus nos exorta a aprendermos a ter discernimento dos espíritos: Espírito Divino, espírito humano e espírito maligno. Precisamos cuidar para não ficar pedindo misericórdia para o que é maligno e precisa ser destruído. É preciso profetizar contra tudo o que não é divino. Exemplo de algo que precisa cair é o orgulho dentro do Ministério Universidades Renovadas, pois Deus nos fala que o MUR é o ministério das pessoas mais orgulhosas.

Eis o dia! Ei-lo que chega. Tua vez chegou. A vara floriu, o orgulho produziu seus frutos! (...) Todas as mãos cairão (desalentadas), todos os joelhos tremeram. Revestir-se-ão de sacos e tremerão como varas verdes! A vergonha transparecerá em todos os rostos, e todas as cabeças serão raspadas[4].


A ira do Senhor se manifesta não contra o pecador, mas contra o pecado. É o momento da destruição, de colocar tudo abaixo. As pessoas precisam tomar consciência de seus erros e de suas fragilidades e ter a noção de que também o orgulho produz frutos. Agora pode ser o tempo difícil, o tempo da destruição, mas o Senhor nos dá a certeza de sua misericórdia e de que reparará nossas ruínas quando chegar o tempo certo.

Proclamai isso entre as nações: declarai a guerra! Chamai os valentes! Aproximem-se, subam todos os guerreiros! Os vossos arados, transformai-os em espadas e as vossas foices em lanças! Mesmo o enfermo diga: “Eu sou guerreiro!” (...) Metei a foice, a messe está madura; vinde pisar, o lagar está cheio; as cubas transbordam – porque é imensa a maldade dos povos (...) O Senhor rugirá de Sião, trovejará de Jerusalém; os céus e a terra serão abalados. Mas o Senhor será um refúgio para o seu povo, uma fortaleza para os israelitas”[5].

A batalha é contínua. Somos chamados a tomar nossos postos. Mesmo os “enfermos” não devem fugir da luta. É hora de passar a foice, pois a messe já está madura! É a hora da colheita! Não podemos passar do tempo para que não se perca o fruto que está maduro e pronto para ser pisado e transformado em vinho! Para que o fruto maduro se torne vinho é preciso ser pisado, no momento certo, HOJE, antes que o fruto apodreça, pois a maldade do mundo é imensa! 
O Senhor nos alerta que ao vir com sua cólera sobre tudo o que não é divino, tudo virá abaixo. Muitos pilares e paredes que sustentavam as casas viram a baixo e as pessoas terão que vir abaixo também, terão que “cair do cavalo”. Pois não há como fincar novos alicerces sem destruir toda a construção. A confirmação desta palavra vem pela imagem dos alicerces de grandes construções de prédios, mostrando que o maior tempo gasto na construção está na colocação dos alicerces, mas que sem esses alicerces nenhuma construção fica muito tempo em pé. Deus quer colocar abaixo todas as nossas construções humanas para fincar os seus alicerces que são a própria cruz de Jesus, para ai sim, reconstruir Israel.

É fácil – respondeu Judas - a um punhado de gente fazer-se respeitar por muitos. Para o Deus do céu não há diferença entre a salvação de uma multidão e de um punhado de homens, porque a vitória do combate não depende do número, mas da força que desce do céu. Esta gente vem contra nós, com insolência e orgulho, para nos aniquilar, juntamente com nossas mulheres e nossos filhos, e para nos despojar; nós, porém, lutamos por nossas vidas e nossas leis. O próprio Deus os esmagará aos nossos olhos. Não os temais[6].

A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: filho do homem, quando os israelitas habitavam sobre o seu território, eles mancharam-no por seu comportamento e seus atos: seu proceder era, a meus olhos, como a menstruação de uma mulher. Por isso desencadeei sobre eles o meu furor, devido ao sangue e aos ídolos com que a profanaram; eu os dispersei no meio das nações estrangeiras: foi este um julgamento apropriado a seu comportamento e aos seus atos. Entre todos os povos aonde foram, aviltaram o meu santo nome, porque se dizia deles: eis o povo do Senhor, eles deixaram a sua terra. Eu, pois, quis salvar a honra do meu santo nome, que os israelitas profanaram entre as nações, às quais tinham ido[7].

Quando o Senhor, teu Deus, te tiver introduzido na terra que vais possuir, e tiver despojado em teu favor muitas nações, os heteus, os gergeseus, os amorreus, os cananeus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus, sete nações maiores e mais poderosas do que tu; quando o Senhor, teu Deus, as tiver entregado e tu as tiveres vencido, então as votarás ao interdito; não farás pacto algum com elas, nem as tratarás com misericórdia. Não contrairás com elas matrimônios; não darás tua filha a seus filhos, e não tomarás de suas filhas para teus filhos, pois elas afastariam do Senhor o teu filho, que serviria a outros deuses; a cólera do Senhor se inflamaria contra ele e não tardaria em exterminar-vos. Mas eis como procedereis a seu respeito: destruireis seus altares, quebrareis suas estelas, cortareis suas asserás de madeira, e queimareis suas imagens de escultura, porque és um povo consagrado ao Senhor, teu Deus, o qual te escolheu para seres o seu povo, sua propriedade exclusiva, entre todas as outras nações da terra. Não é porque sois mais numerosos que todos os outros povos que o Senhor se uniu a vós e vos escolheu; ao contrário sois o menor de todos[8].

Oráculo do Senhor: por causa do triplo e do quádruplo crime de Judá, não mudarei meu decreto. Porque desprezaram a lei do Senhor e não observaram seus mandamentos, e porque se deixaram transviar por seus falsos deuses, que já seus pais tinham honrado, porei fogo a Judá, e ele devorará os palácios de Jerusalém[9].


Deus fala da resistência que as pessoas têm em serem curadas. Para confirmar e explicar isso melhor, o Senhor nos dá a imagem da cruz de Jesus Cristo. Aos pés da cruz está a Virgem Maria sendo encharcada pelo sangue que escorre da cruz do filho. O discernimento que nos é dado é que Maria foi curada da dor que estava sentindo em ver seu filho sofrendo crucificado, exatamente se aproximando da cruz e sendo lavada pelo Sangue de Jesus. Se Maria ficasse longe da cruz, talvez a dor fosse bem menor, mas para que haja a cura é necessário que em algum momento as pessoas se aproximem da cruz. As pessoas resistem à cura porque para serem curadas é necessário se aproximarem da cruz para deixar que o Sangue de Jesus possa lavar. Mas chegar perto da cruz é chegar perto da dor e é preciso muita coragem para fazer isso.
Deus nos dá a imagem de Nossa Senhora conduzindo seus diversos filhos do MUR/SM até a cruz. Dentre estes filhos existem:
* Aquelas pessoas que como as mulheres batiam no peito e se penitenciando por tudo aquilo, mas não faziam nada para mudar as coisas. São as pessoas que ficam o tempo todo clamando misericórdia, mas não conseguem fazer nada por Jesus, pois só conseguem enxergar seus próprios pecados.
* Aquelas pessoas que estavam passando pelo local e de repente deram de cara com Jesus crucificado, mas nem sabem como Ele tinha ido parar ali. São as pessoas que chegam na Igreja, mas ainda não conseguiram reconhecer verdadeiramente a salvação.
* Aquelas pessoas que como Pedro cometeram algum pecado ou negaram o Senhor em algum momento e agora não tem coragem de chegar até os pés da cruz.
* A grande maioria das pessoas que se via naquele lugar eram crianças que olhavam para a cruz e não entendiam nada, que foram levadas por alguém para ver o crucificado, mas não entendiam o que estava acontecendo, muitas crianças que só conseguiam ficar brincando nos arredores da cruz.
O discernimento sobre isso é que o nosso Ministério ainda têm muitas crianças que já deviam ter crescido, mas que continuam crianças para não precisarem entender o que se passa na crucificação.
*Pessoas que não ficaram nem sabendo que Jesus tinha sido crucificado por aqueles que ainda não foram apresentados à salvação. Aqueles que são os nossos impossíveis.
*Aqueles que passam pela cruz, cospem, debocham e escarnecem de Jesus na cruz. Aqueles que se levantam contra a salvação da cruz.

- Tomada de consciência: sobre as nossas falhas, nossos pecados, nossas imundícies (orgulho, egoísmo, prepotência, onipotência, falsidade, falta de fé, inveja, etc). Pedido de misericórdia e perdão.

Então, lembrando-vos de vosso perverso proceder e de vossas ignóbeis ações, vos desgostareis de vós mesmos, por causa das vossas iniqüidades e de vossas abominações. Não é por vós que faço isso – oráculo do Senhor Javé – sabei-o bem. Tende vergonha, enrubescei-vos por causa do vosso comportamento, ó israelitas[10].

Somos chamados a tomar vergonha na cara. Chega de ficarmos nos achando os santos, os ungidos, os donos da verdade. O MUR é sim um povo eleito, mas está muito longe de ser um povo perfeito. Não é porque somos ungidos, nem porque somos puros, nem pelo nosso conhecimento, nem pelo poder das nossas orações, nem pela bondade do nosso coração que as obras estão acontecendo ao nosso redor; nada tem acontecido por nosso mérito, mas para que o Senhor possa mostrar o tamanho da Sua Glória. É o momento de reconhecermos nossas misérias, nossas limitações, nossos pecados. É a hora do perdão e da misericórdia, para que Deus possa purificar o nosso coração.
Deus nos exorta a prestarmos atenção as coisas obscuras que ficam as escondidas e que acabam passando desapercebidas em nossas vidas. Precisamos deixar que se revelem os nossos pecados, falhas e imundícies, mais abomináveis, mas que muitas vezes passam desapercebidas aos olhos das pessoas e até mesmo aos nossos olhos, mas nunca passam desapercebido aos olhos de Deus.

... Filho do homem, disse-me, vês tu a abominação que praticam, como eles procedem na casa de Israel, para que eu me afaste do meu santuário? Verás, todavia, coisas muito mais graves... Filho do homem, disse-me ele, fura a muralha. Quando a furei, divisei uma porta. Aproxima-te, diz, ele, e contempla as horríveis abominações a que se entregam aqui. Fui até ali para olhar: enxerguei ai toda espécie de imagem de répteis e de animais imundos e, pintados em volta da parede, todos os ídolos da casa de Israel... Filho do homem, disse-me ele, vês tu o que fazem os anciãos de Israel na obscuridade, cada um deles em sua câmara, guarnecida de ídolos, pensando que o Senhor não os vê, e que ele abandonou a terra? E ajuntou: verás ainda abominações mais graves que eles estão cometendo... mulheres estavam assentadas, chorando Tamuz... Vinte e cinco homens, que de costas para o santuário do Senhor, com a face voltada para o oriente, se prosternava diante do sol... eu de minha parte procederei com furor, não terei condescendência, serei impiedoso. Inutilmente clamarão aos meus ouvidos, não os ouvirei[11].

Deus nos dá o discernimento de que existem ainda muitas coisas escondidas, que não aparecem diante dos nossos olhos. As imagens que Deus nos dava foram se completando umas as outras. Primeiro víamos como que túneis subterrâneos, por onde nós andávamos. No final destes túneis podia-se enxergar uma luz, como se ali fosse a saída do túnel, porém em seguida podíamos ver como que homens grandes, fortes, bem vestidos, todos de preto, como se fossem seguranças que ficavam parados nas portas como que guardando a entrada de um lugar. Muitas pessoas passavam por eles e nem se quer paravam ali, pois não percebiam que havia portas atrás deles e Deus nos revelava que nós mesmos passávamos por ali e não nos dávamos conta de que precisávamos observar o que existia atrás das portas. A luz que enxergávamos no final do túnel eram as portas que os seguranças guardavam.
A revelação que Deus nos deu foi de que muitas pessoas estavam presos nestes túneis sem poder sair, pois eram atraídos até eles e de lá não conseguiam sair. Aqueles seguranças, que passavam um ar de muita segurança e seriedade demonstravam que muitas pessoas que nos pareciam seguras e cheias de sabedoria, com o coração fechado, mas que aparentavam estar de bem com a vida, eram na verdade as pessoas onde Deus precisava agir. Deus nos mostra que muitas vezes nós passamos por estas pessoas sem percebê-las, pois nos pareciam extremamente seguras e aparentemente sem necessidade de oração, mas o discernimento que Deus nos dava era de que precisávamos acessar estes corações.
Deus nos mostra que precisa ir ao mais profundo do ser de cada um e que estes túneis que víamos eram os túneis do interior de cada um. Aqueles seguranças guardavam o coração destas pessoas, mas Deus queria nos permitir que chegássemos até estes corações tirando de suas portas estes seguranças. A palavra que Deus nos dava era de que queria dar um novo conceito de amor, de que as pessoas tinham uma concepção errada de amor dentro a universidade, mas Deus queria naquele momento restaurar o conceito de amor na vida de cada pessoa. 
Nesta palavra o Senhor revela a Ezequiel que o seu próprio povo, o povo de Israel, que se dizia santo e seguidor dos mandamentos da lei de Deus, por detrás das muralhas, mantinham práticas abomináveis e cultuavam ídolos achando que o Senhor não os via. Este povo, na nossa realidade, somos nós servos do MUR, servos que servem a Deus, buscam a santidade, seguem os mandamentos e a palavra de Deus, mas no seu interior ainda cultuam ídolos e realizam práticas que são abomináveis a Deus, pois ferem o que Ele tem nos pedido e nos exortado a fazer. A palavra nos fala nos ancião, os grandes chefes do povo, que Ezequiel pôde ver adorando a outros deuses quando fez um buraco na muralha.
Deus nos alerta a tomarmos consciência de que, buscamos a santidade, mas ainda não somos um povo santo e estamos muito distantes da santidade ainda. Precisamos tomar consciência de que Deus conhece as nossas faltas, mesmo que elas passem desapercebidas aos olhos das pessoas que nos rodeiam, ou até aos nossos olhos. Precisamos prestar atenção aos ídolos que estamos cultuando, por mais que muitas vezes, nós não os reconheçamos como ídolos, mas que acabam sendo cultuados as escuras em nossas vidas (orgulho, egoísmo, prepotência, vaidade auto-suficiência, super-valorização de coisas do mundo e de nós mesmos, tirando o espaço e o lugar de Deus na nossa vida).
Como a palavra nos revela, para que se possam enxergar essas práticas abomináveis, para reconhecermos o nosso pecado, a nossa imundície, a nossa miséria, é preciso abrir um buraco na parede, é preciso fazer cair a muralha para que se possa ver o que está atrás.

...pois o ouvido discerne o valor das palavras, como o paladar aprecia as iguarias. Procuremos discernir o que é justo, e conhecer entre nós o que é bom... Ouvi-me, pois, homens sensatos: longe de Deus a injustiça! Longe do Todo Poderoso a iniqüidade! Ele trata o homem conforme seus atos, dá a cada um o que merece. É claro! Deus não é injusto, e o Todo Poderoso não falseia o direito... Pode o Justo, o Poderoso, cometer a iniqüidade?... Pois, Deus olha para o proceder do homem, vê todos os seus passos. Não há obscuridade, nem trevas onde o iníquo possa esconder-se... pois, conhece suas ações; derruba-os a noite, são esmagados... Tinha dito a Deus: fui seduzido, não mais pecarei, ensina-me o que ignoro; se fiz o mal, não recomeçarei mais. Julgas, então, que ele deve punir, já que rejeitaste suas ordens? És tu quem deves escolher, não eu; dize pois o que sabes... Jó não falou conforme a razão, falta-lhe bom senso as palavras. Pois bem, que Jó seja provado até o fim, já que suas respostas são as de um ímpio[12].


Senhor, vós sois meu Deus; exaltar-vos-ei e celebrarei vosso nome, porque executastes maravilhosos desígnios, concebidos, de há muito, com firme constância... Por isso um povo forte vos glorifica e a sociedade das nações valentes vos venera. Porque vós sois refugio para o fraco, refugio para o pobre na sua tribulação, abrigo contra a tempestade e sombra contra o calor... Nesse monte tirará o véu que vela todos os povos, a cortina que recobre todas as nações, e fará desaparecer a morte para sempre. O Senhor Deus enxugará as lágrimas de todas as faces e tirará de toda a terra o opróbrio que pesa sobre o seu povo, porque o Senhor o disse. Naquele dia dirão: eis nosso Deus do qual esperamos nossa libertação. Congratulemo-nos, rejubilemo-nos por seu socorro, porque a mão do Senhor repousa neste monte, enquanto que Moab é pisada no seu lugar como pisada é a palha no monturo. Aí estende as duas mãos como as estende o nadador para nadar. Porém, (o Senhor) abate o seu orgulho, e frustra-lhe o esforço das mãos. Suas muralhas, soberbas e fortes, ele as faz cair e as arrasa até o rés-do-chão[13].
                  
Deus fala da sua misericórdia e de seu amor. Fala que precisa olhar as pessoas nos olhos, mas que para isso é necessário antes que caiam as máscaras para que os olhos do Senhor possam fixar-se nos nossos olhos. O Senhor faz cair todas as máscaras e busca olhar nos olhos das pessoas, pois o seu olhar é fonte de conversão. Porém, muitas pessoas ainda se recusam a olhar nos olhos de Jesus, muitos tem medo do Seu olhar.
A imagem que Deus nos dá é do Pai do filho pródigo que do alto de sua casa olhava a espera do retorno do filho. Como este filho não retornava, o Pai cansou de esperar, levantou-se e foi atrás dos filhos que mantinham seus olhos distantes dos olhos de Jesus. A confirmação desta palavra vem através de outra imagem, quando Jesus sai pelos becos escuros, por salas, festas, sarjetas e tantos outros lugares por onde seus filhos estavam perdidos. Em cada lugar onde entrava apenas olhava nos olhos das pessoas e todos ficavam desconcertados, pois ficava claro para cada um que o Senhor vê todos os nossos erros. A comparação é feita com alunos que estavam fazendo bagunça na sala de aula e de repente o professor entra na sala e olha para a turma deixando todos desconcertados, envergonhados e sem saída para escapar de todas as suas faltas. Jesus ia até os quartos, levantava o lençol e olhava embaixo das camas onde algumas pessoas se escondiam do Senhor, mas Ele foi a todos os lugares e olhou nos olhos todas as pessoas. E diante do olhar de Jesus tudo desaba. Tudo o que não é de Deus cai por terra.


Homens de dura cerviz, e de corações e ouvidos incircuncisos! Vós sempre resistis ao Espírito Santo. Como procederam os vossos pais, assim procedereis vós também. (...) Mas, cheio do Espírito Santo, Estevão fitou o céu e viu a glória de Deus e Jesus de pé à direita de Deus: “Eis que vejo, disse ele, os céus abertos e o Filho do homem, de pé, à direita de Deus”. Levantaram então um grande clamor, taparam os ouvidos e todos juntos se atiraram contra ele. Lançaram-no fora da cidade e começaram a apedreja-lo[14].  

Nosso povo ainda tem um coração endurecido... Não são dóceis ao Espírito Santo, não escutam a voz do Senhor e resistem à ação do Espírito Santo e a obra de Deus para as nossas vidas. Para se abandonar no Senhor, para poder ouvir a Deus é preciso parar de resistir ao Espírito Santo, é preciso parar de resistir a transformação, a cura, a obra pessoal, porque quem não se deixa guiar por Deus pode chegar a cometer atrocidades como é o caso deste povo. Deus pode curar a cegueira, mas não pode e não quer obrigar as pessoas a abrirem os olhos.

Eis aqui o que diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: “Amontoai holocaustos sobre sacrifícios, e deles comei a carne; nada vos prescrevi a respeito dos holocaustos e sacrifícios, no dia em que os fiz sair do Egito. Foi essa a única ordem que lhes dei: escutai minha voz : sereis vosso Deus e vós sereis o meu povo; segui sempre a senda que vos indicar, a fim de que sejais felizes. Eles, porém, não escutaram, nem prestaram ouvidos, seguindo os maus conselhos de seus corações empedernidos; voltaram-me as costas em lugar de me apresentarem seus rostos. Desde o dia em que vossos pais deixavam o Egito até agora, enviei-vos todos os meus servos, os profetas. Todos os dias sem cessar os mandei. Eles, porém, não os escutaram, nem lhes deram atenção; endureceram a cerviz e procederam pior do que os pais. Quando tudo isso lhes transmitires, também a ti não escutarão. Chamá-lo-ás e não obterás resposta. Dir-lhe-ás então: Esta é a nação que não escuta a voz do Senhor, seu Deus, e não aceita suas advertências. A lealdade desapareceu, tendo sido banida de sua boca[15]

- Reconstrução de Israel: Deus começa a reconstruir a cidade. Início do tempo profético e cumprimento das promessas do Senhor.

Juro que é no ardor do meu zelo que vou falar contra Edon todo que, com uma alegria cheia de desprezo, se estão atribuindo a possessão de minha terra para saqueá-la. (...)Eu o juro. As nações que vos rodeiam terão também elas de sofrer ignomínias, enquanto vós, montes de Israel, vós lançareis os vossos ramos e trareis vossos frutos para o meu povo de Israel porque sua volta está próxima[16].


Deus vai acabar com tudo e todos que se levantam contra Israel. Chegou o tempo da reconstrução e os inimigos não terão mais oportunidade de confundir e saquear as nações no Senhor, nações que somos nós. Tudo o que conspirava contra Israel será destruído, enquanto o nosso povo verá os frutos se produzirem, a mando do Senhor para o povo de Israel. Deus vai gerar frutos para que seu povo se alimente, principalmente, dentro dos nossos GOU’s e do nosso Ministério.

Sejais (novamente) cultivados e semeados. Multiplicarei sobre o vosso solo os homens de toda a casa de Israel, as cidades serão repovoadas e as ruínas reconstruídas[17].

Deus promete que multiplicará o nosso povo, o número de pessoas dos nossos GOU’s. Diz que reconstruíra as muralhas, aquelas que foram destruídas e que agora serão reerguidas para a honra e glória do Senhor. Tudo ficou destruído e as cidades foram devastadas quando profetizamos contra os ídolos que sustentavam as cidades (orgulho, inveja, alianças malignas, traição, falsidade, mentira, egoísmo, falta de perdão...), mas agora Deus vem reerguer a cidade, repovoar o seu reino e multiplicar o Seu povo.

Vós reconhecereis assim que eu é que sou o Senhor. E meu povo de Israel, esses homens que farei nascer sobre o vosso solo; serás a sua posse e herança e não os privarás mais dos seus filhos[18].

Deus afirma que Ele é o Senhor! Que é Ele quem vai fazer nascer (brotar) os seus filhos no nosso Ministério. E estas pessoas não vão mais se perder, pois se tornarão nossa herança.

Farei de maneira a não mais ouvir injurias das nações pagãs, e que não sofrerás mais os ultrajes dos povos, e não mais fará tropeçar tua nação[19].

Deus não permitirá mais que sejamos humilhados por aqueles que não acreditam no Sonho e na Salvação.

Eu, pois, quis salvar a honra do meu santo nome, que os Israelitas profanaram entre as nações às quais tenho ido. Por isso, declara a casa de Israel o que segue: eis o que diz o Senhor Javé: não é por vós que faço isso, ó israelitas, mas por honra do meu santo nome que profanaste entre os pagãos, aonde tinha ido[20].

Deus nos fala, ou melhor, nos lembra que a obra que Ele tem feito e ainda vai fazer, não é em nada por mérito nosso, mas sim para que o Seu Santo Nome seja glorificado. Toda a obra acontece para que o povo se volte para o Senhor e reconheça o seu poder. Nada é feito por ocasião das nossas boas obras, ou do nosso coração contrito, mas porque Deus cansou de ver o seu nome ser humilhado. Por isso, tenhamos consciência que a obra acontece através de nós, mas ela não está centrada em nós, porque o Senhor não precisaria de nós para fazer absolutamente nada, mas Ele quer precisar, por isso nos chama a missão.

A fim de que conheçam que eu sou o Senhor (...) Eu vos retirei do meio das nações, eu vos reunirei de todos os lugares, e vos conduzirei ao vosso solo. Derramarei sobre vós águas puras que vos purificarão de todas as vossas imundícies e de todas as vossas abominações. Dar-vos-ei um coração novo e em vós porei um espírito novo; tirar-vos-ei do peito o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne[21].

Só o Espírito Santo pode nos transformar por completo. Só Ele pode nos livrar das nossas imundícies, só Ele pode nos dar um coração puro e de carne. Através da nossa tomada de consciência e da nossa abertura de coração, Deus derramará do seu Espírito Santo que nos tornará novamente puros. Que apagará as culpas do passado e quebrará o nosso coração endurecido de pedra, para colocar no lugar um coração de carne que vive em unidade com o seu coração. Que ama e que se deixa amar.

No dia em que eu vos purificar de todas as vossas iniqüidades, repovoarei as cidades; as ruínas serão reerguidas, e a terra inculta de novo cultivada, ao invés desse espetáculo de desolação oferecido aos olhares de todos os passantes. Dir-se-á: esta terra que se achava devastada, tornou-se um jardim do Éden! Essas cidades em ruínas, desertas e desoladas, estão agora restauradas e repovoadas[22].

Deus reconstrói a cidade devastada, repovoa a cidade desabitada, reergue as muralhas e cultiva a terra, para transformar a nação que antes existia e que foi devastada pela ira do Senhor, em um verdadeiro Jardim do Éden, o paraíso. Porque o que era devastado e deserto, agora é restaurado e repovoado por obra do nosso Senhor, para sua Honra e Glória. Deus quer e precisa transformar o deserto do nosso coração, purificar-nos dos nossos pecados. Porque quer repovoar as nossas cidades, os nossos GOU’s, o nosso Ministério, mas o que estava devastado, só vai se tornar, verdadeiramente, o paraíso, depois que Deus transformar os nossos corações! O meu coração! O coração dos servos, dos luquinhas!

Purificá-los-ei de todos os pecados que contra mim cometeram, e lhes perdoarei todas as iniqüidades de que se tornaram culpado, revoltando-se contra mim (...) neste lugar, do qual dizeis que não passa de um deserto sem homens, nem animais; nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém devastadas, onde homem algum habita, nem um animal se encontra, ouvir-se-ão novamente gritos de alegria, cânticos de júbilo, a voz do esposo e da esposa (...) Neste lugar que é deserto, sem homens, nem animais, e em todas as suas cidades, haverá novamente abrigo para os pastores que apascentam os seus rebanhos[23].


Depois de muitas palavras de destruição, finalmente, Deus nos dá uma promessa de restauração, de misericórdia, de alegria, de reconstrução, de perdão, de lugar reservado para os pastores e suas ovelhas. Esta é a promessa de transformação de ruínas e desertos, em cidades imensas e povoadas, onde o povo se alegra e louva continuamente ao nosso Deus que transforma as nossas vidas. Um povo de louvor se erguerá em meio ao povo que experimentou a destruição e que esperou em Deus e viu sua nação agora repovoada e suas muralhas reerguidas, porque Deus usou de sua misericórdia.
A imagem que nos foi dada é de um povo em guerra, com ataques aéreos, bombas, tiros, mas as pessoas seguem suas vidas normalmente, no meio da confusão. De repente o povo começa a se prostrar diante de uma força muito forte que vem sobre eles. Esta força se transforma em um grande exército uniformizado que avança entre o povo sem possuir nenhuma arma, mas diante da sua presença todo o povo se prostra, tirando sua atenção da guerra e colocando-a no exército. Depois do povo todo prostrado a guerra também cessa, pois não tem mais razão de acontecer e todos se prostram na presença deste exército. Prostrados de rosto por terra, o Senhor gera pessoas novas.
O discernimento é que o peso da glória vem “do nada” para acabar com a confusão. Deus nos dá o entendimento de que este exército é como o exército que Esaú organizou para marchar em direção a Jacó; um exército sem armas que vem para acabar com uma confusão e com a guerra entre os irmãos, fazendo com que Jacó se prostrasse diante do Senhor, suplicando a sua benç se prostrasse diante do Senhor, suplicando a sua benovas. presenmeio da confusta ao redor dos rins; foi assim que se fez a alvão e fosse gerado de novo, passando de Jacó a Israel pela benção do anjo.

- Ruah: o sopro da vida: Deus sopra um sopro de vida. Um novo batismo, o Ruah de Deus que faz o milagre acontecer, que faz o povo morto voltar a vida e se levantar como um exército. O Ruah é o que vem depois da destruição e da reconstrução, para dar vida e santidade ao povo de Israel, renovando a aliança feita com Deus e armando um exército pronto para a batalha. Um exército que é o próprio milagre diante dos olhos do povo. Um exército que foi destruído, esteve morto, mas que foi reconstruído e que recebeu um novo sopro do Senhor da Vida e agora está pronto para o combate.

Filho do homem, poderia estes ossos retornarem a vida? Senhor Javé – respondi – só vós sabeis. Ele disse-me, então: profere um oráculo sobre esses ossos. Ossos desecados, dir-lhe-ás tu, escutai a palavra do Senhor: eis o que vos declara o Senhor Javé: vou fazer reentrar em vós o sopro da vida para vos fazer reviver. Porei em vós músculos, farei vir carne sobre vós, cobrir-vos-ei de pele; depois farei entrar em vós o sopro da vida, a fim de que revivais.  E sabereis assim que eu sou o Senhor (...) Profetiza ao Espírito, disse-me o Senhor, profetiza, filho do homem e dirigi-te ao espírito: eis o que diz o Senhor Javé: vem espírito, dos quatro cantos do céu, sopra sobre esses mortos para que revivam (...) Retornando a vida, eles se levantaram sobre seus pés: um grande, um imenso exército[24].


É tempo de Ruah! É o momento em que Deus fará o Seu Espírito soprar sobre os nossos ossos secos, sobre o nosso corpo sem vida para que voltemos a viver! É a ressurreição dos Lázaros, é o tempo de conversão e de um novo batismo no Espírito. É tempo de profecia. E quando o Senhor tiver soprado o Seu Ruah sobre o MUR de Santa Maria e do Rio Grande do Sul e os nossos ossos secos voltarem a vida, nos levantará como um verdadeiro exército, pronto para lutar em nome de Jesus.

- Cura dos corações: Depois da destruição das coisas que impediam o acesso de Deus, da tomada de consciência e da abertura de coração, da reconstrução do que estava devastado e do novo sopro da vida, Deus agora pode acessar diretamente os corações para curar e sarar as feridas que ainda sangram. Deus quer dar a verdadeira felicidade que é cada vez maior, à medida que nos aproximamos de nossa essência, porque nós fomos criados para sermos felizes. Deus nos chama a felicidade e tudo o que Ele destrói é o que nos afasta da nossa essência, daquilo que nós éramos outrora, quando o Senhor nos sonhou e nos fez, para a santidade que é a fonte de felicidade.

Vou pensar-lhes as feridas e cura-las, e proporcionar-lhes abundância de felicidade e segurança. Transformarei a sorte de Judá e de Israel, e fá-los-ei voltar ao que eram outrora[25].


[1] Rm. 6, 1-7.
[2] Música profética: tenho que andar, tenho que arriscar (o profeta).
[3] Mt.24,1-2.
[4] Ez.7.
[5] Joel 4.
[6] I Mc.3,10-26.
[7] Ez. 36.
[8] Dt.7
[9] Am.2,4-5
[10] Ez.36,31-32.
[11] Ez. 8, 1-18.
[12] Jó 34.
[13] Is. 25.
[14] At.7, 48-60. 
[15] Jr. 7, 21-28.
[16] Ez. 36, 5-8.
[17] Ez. 36, 9-11.
[18] Ez. 36, 11-12.
[19] Ez. 36, 15.
[20] Ez. 36, 21-22.
[21] Ez. 36, 23-26.
[22] Ez. 36, 33-35.
[23] Jr.33.
[24] Ez. 37, 1-14.
[25] Jr. 33, 6-7.

5 Ore et Labore: Oração e Trabalho

Quando nossos inimigos souberam que estávamos alertados, (compreenderam) que Deus lhes aniquilava o projeto. Nós, pois, retornamos todos à muralha cada um ao seu trabalho[1].


Deus revelou ao seu povo todos os planos do inimigo, que quando soube que as pessoas já sabiam os seus planos de ataque e que estavam armados e prontos para derrotá-lo, ficou furioso e desistiu do ataque. O Senhor nos dá o discernimento de porque nos revela todas as coisas antes que elas aconteçam. Ao nos revelar todos os acontecimentos, nos coloca de prontidão contra os ataques do maligno; nos coloca na brecha, armados de alguma forma para a batalha. Ao nos colocarmos de prontidão, desarticulamos o inimigo que acaba por desistir de atacar o nosso povo.

Mas, depois daquele dia, a metade dos que estavam comigo trabalhava, enquanto a outra metade armada de lanças, escudos, arcos e couraças; e os chefes estavam atrás dele com toda a gente deles com toda a gente de Judá. Entre os que estavam ocupados na muralha, os transportadores trabalhavam com uma das mãos e, na outra, traziam uma arma; os pedreiros tinham cada um uma espada na cinta ao redor dos rins; foi assim que se fez a alvenaria[2].

Agora é tempo de reconstrução. Suspendeu-se o tempo de batalha. Todos agora estão voltando para a construção das muralhas, para a reconstrução da cidade. Mas, jamais podemos perder de vista o risco do ataque. Devemos sempre estar de prontidão e armados, mesmo em tempo de construção, pois o ataque pode acontecer a qualquer momento. Por isso, devemos vigiar e orar!
Sempre armados de espada, escudo, lança e couraça:
- Confissão (ao menos uma vez no mês).
- Comunhão (toda a semana o maior número de vezes possível).
- Adoração (quanto maior o tempo de adoração, maior a graça).
- Oração do terço (quando possível o Rosário)
- Jejum (sacrifícios agradáveis).


[1] Ne. 4, 9.
[2] Ne. 4, 10-12.

6 Ser Inoportuno


Por amor a Sião, eu não me calarei, por amor de Jerusalém, não terei sossego, até que sua justiça brilhe como a aurora, e sua salvação como uma flama. As nações verão então tua vitória, e todos os reis teu triunfo (...) Sobre tuas muralhas, Jerusalém, coloquei vigias; nem de dia nem de noite devem calar-se. Vós, que deveis manter desperta a memória do Senhor, não vos concedais descanso algum e não o deixeis em paz, até que tenha restabelecido Jerusalém para dela fazer a glória na terra[1].

O nosso Ministério viveu um tempo de muitas promessas se cumprindo, de sinais e prodígios acontecendo, de filhos distantes voltando para o Pai, de missão, de chamado, de transformação... Mas ainda há muito para acontecer, muitas promessas de Deus que ainda estão para se cumprir... Muitos milagres, prodígios, sinais e transformações para as nossas vidas e para as vidas de muitos universitários e profissionais da nossa diocese, do nosso estado, do nosso país e do mundo inteiro.
A promessa do Senhor para o MUR está no Salmo 2 e diz “Pede-me; dar-te-ei por herança todas as nações”. Deus tem nos dado nações por herança a cada dia, mas muitas nações ainda precisam ser conquistadas. Cada um de nós é uma nação e precisamos começar conquistando para o Senhor, cada nação que já faz parte dos nossos GOU, do núcleo do seu Grupo, e por isso a moção de Deus para nós é “abandonar-se em Deus: deixar Deus agir e transformar a nossa vida”.
Deus já nos diz qual a única condição para que o Sonho aconteça no Mundo, para que as pessoas sejam transformadas e experimentem, verdadeiramente, o amor de Deus: “PEDE-ME e te darei por herança todas as nações”. O Senhor esta clamando por intercessores, por servos que se disponham a dar 10 minutos do seu dia; para clamar pelos milagres, prodígios, sinais e transformação na vida dos irmãos.
- Ofensiva de Intercessão: Foi organizado um cerco de orações que tem por objetivo nos utilizarmos de um tipo muito eficaz de oração de intercessão, a ORAÇÃO DE SATURAÇÃO para que o Senhor escute a nossa prece e alcance a graça que estamos pedindo. Este é um tipo de oração de persistência, que insiste até chegar a vontade de Deus, ou seja, vamos clamar a Deus até que Ele manifeste a sua glória e alcance a graça de que necessitamos através da insistência, como a palavra do profeta Isaias nos fala no trecho acima. Vós, que deveis manter desperta a memória do Senhor, não vos concedais descanso algum e não o deixeis em paz, até que tenha restabelecido Jerusalém para dela fazer a glória na terra. Aos intercessores que assumirem este chamado ficou a responsabilidade de manter desperta a memória do Senhor e não dar descanso ao nosso Deus, não deixa-lo em paz enquanto as suas promessas não se cumprirem. A moção para o nosso grupo de intercessores é “SER INOPORTUNO” encher a paciência, clamar sem cessar, pedir urgência, não deixar o nosso Deus em paz... a primeira vista isso pode parecer estranho, mas é isso que Ele mesmo nos motiva a fazer através desta palavra que foi citada.
Deste modo o Ministério Universidades Renovadas de Santa Maria tem um Ministério de Intercessores organizados em Ofensiva de Intercessão, onde existe um luquinha responsável pela intercessão em cada dia da semana, sendo que todos os dias existe alguém orando pelo MUR Santa Maria e pelo MUR Rio Grande do Sul.

Logo que foi restaurada a muralha, colocados os batentes das portas, e que os porteiros, cantores e levitas foram encarregados da vigilância, confiei a defesa da cidade a Hanani, meu irmão, e a Ananias, comandante da cidadela, porque era um homem sério e muito piedoso. Ordenei-lhes que não abrissem as portas de Jerusalém enquanto não viesse o calor  do sol; à tarde, enquanto os guardas estivessem ainda em seus postos, colocaríamos as trancas e fecharíamos as portas; e durante a noite estabeleceríamos guardas recrutados entre os habitantes de Jerusalém; cada um devia montar guarda em seu posto diante de sua própria casa.


[1] Is.62, 1-2; 6-7.

7 Fazer a Obra com Amor

Se eu falasse as línguas dos homens e as dos anjos, mas não tivesse amor, eu seria como um bronze que soa ou um címbalo que retine. Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de remover montanhas, mas não tivesse amor, eu nada seria. Se eu gastasse todos os meus bens no sustento dos pobres e até me entregasse como escravo, para me gloriar, mas não tivesse amor, de nada me aproveitaria. O amor é paciente, é benfazejo; não é invejoso, não é presunçoso nem se incha de orgulho; não é interesseiro, não se encoleriza, não leva em conta o mal sofrido; não se alegra com a injustiça, mas fica alegre com a verdade. Ele desculpa tudo, crê tudo, espera tudo, suporta tudo. O amor jamais acabará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá. Com efeito, o nosso conhecimento é limitado como também é limitado nosso profetizar. Mas, quando vier o que é perfeito, desaparecerá o que é imperfeito. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei adulto, rejeitei o que era próprio de criança. Agora nós vemos num espelho, confusamente; mas, então, veremos face a face. Agora, conheço apenas em parte, mas, então, conhecerei completamente, como sou conhecido. Atualmente permanecem estas três: a fé, a esperança, o amor. Mas a maior delas é o amor"[1]


Deus fala de deixar-se apaixonar, de amar ao senhor independente de qualquer coisa. Amar a Deus com Ele sendo um Pai que ama e que educa. Amar a Deus com Ele atendendo ou não nossos pedidos.
Aconteça o que acontecer Deus nos ama e assim deve ser conosco, independente do que aconteça nós devemos amá-Lo mesmo assim. O nosso maior testemunho não deve ser o que Deus fez na nossa vida, mas sim a nossa história de amor com Jesus.
O Senhor nos alerta que muitas pessoas, com o tempo de serviço, vão perdendo o amor pela obra e começam a fazer as coisas por obediência e por isso muitas vezes não conseguem ser felizes com o que fazem. Deus nos chama a fazer a obra por amor.
O amor de Deus é doação completa, mas exige comprometimento.

Caminhando ao longo do mar da Galiléia, viu dois irmãos: Simão (chamado Pedro) e André, seu irmão, que lançava a rede ao mar, pois eram pescadores. E disse-lhes: Vinde após mim e vos farei pescadores de homens. Na mesma hora abandonaram suas redes e o seguiram. Passando adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, concertando as redes. Chamou-os e eles abandonaram a barca e seu pai e o seguiram[2].  



[1] I Cor. 13.
[2] Mt.4, 18-22.


MOÇÕES DO MINISTÉRIO UNIVERSIDADES RENOVADAS DO RIO GRANDE DO SUL

1 Bem aventurado o homem a quem Deus corrige

Busquei entre eles um homem capaz de construir um muro e capaz de pôr-se na brecha em prol da nação, para que não a destruísse, mas não o encontrei[1].


O entendimento é de que o Senhor procura intercessores pelas universidades, porque o Senhor esta irado contra essas instituições. O Senhor procurou, mas não encontrou ninguém para se por na brecha.
Em I Mac 13, 31ss, Simão começa a reedificar as fortalezas e as cidades, e nos versículos seguintes (43 - 49), ele purifica todos esses lugares antes de edificar. Retira o que é impuro e o fortalece. No versículo 10 vocês podem ver que o primeiro lugar a ser edificado e purificado é Jerusalém. Antes de purificar e edificar a universidade, precisamos edificar e purificar Jerusalém, isto é, minha vida, meus irmãos de caminhada, meu GOU, o MUR.
Para fechar, a Palavra de Isaias 19: conversão do Egito. Depois de feita nossa intercessão pelo Egito, de sermos edificados e purificados, o Egito (universidade) se converterá. Todos? Com certeza não, mas muitos dos que hoje nem vão ao GOU, ou vão uma ou duas vezes e não voltam mais, com a nossa intercessão e com a nossa tenda ampliada/edificada/santificada se converterão ao Senhor:

Iaweh se dará a conhecer aos Egípcios e os egípcios naquele dia, conhecerão a Iaweh e o servirão com sacrifícios e oblações e farão votos a Iaweh e os cumprirão[2].

Nossa intercessão ajuda o Senhor a chamar e trazer as pessoas e nossa Santificação, purificação, edificação ajuda o Senhor a tornar nossa casa mais acolhedora.

Intercedam pela universidade e edifiquem as casas de vocês, para que este povo que eu chamarei tenha abrigo e alimento[3].

O Senhor falava claramente que se nós não avançássemos para águas mais profundas pessoalmente (como os apóstolos fizeram) nós não poderíamos pescar o peixe que Jesus queria nos dar. Ao pescar esse peixe saímos alimentados e alimentamos a multidão. Depois de alimentar a multidão o Senhor nos faz pescador de homens. O Senhor ainda dizia: se você não avançar para águas mais profundas e comer do peixe que eu quero te dar, você vai ficar na superfície, na beira do lago. Como estavam os discípulos na beira do lago? Cansados e frustrado com a pesca fiasquenta que haviam feito. É como nos vemos muitas vezes, cansados e frustrados, sem pesca e com uma multidão faminta ao nosso redor e nós não conseguindo nem matar a nossa fome.
Ou avançamos, nos santificamos, edificamos a nossa casa, o nosso GOU, o MUR, purificando tudo que precisa ser purificando, jogando fora os ídolos, ou permaneceremos na beira do lago.

Ditoso o homem a quem Deus corrige: não desprezes a correção de Shaddai[4].


[1] Ez.22.
[2] Is.19,21.
[3] Profecia.
[4] Jô. 5, 17.


2 Salmo 2: Rhema do MUR/RS

Por que tumultuam as nações? Por que tramam os povos vãs conspirações? Erguem-se, juntos, os reis da terra, e os príncipes se unem para conspirar contra o Senhor e contra seu Cristo. Quebremos seu jugo, disseram eles, e sacudam, para longe de nós as suas cadeias! Aquele, porém, que mora nos céus se ri; o Senhor os reduz ao ridículo. Dirigindo-se a eles em cólera, ele os aterra com o seu furor: Fui eu, diz, quem me sagrei um rei em Sião, minha montanha santa. Vou publicar o decreto do Senhor. Disse-me o Senhor: “Tu és meu filho, eu hoje te gerei. Pede-me; dar-te-ei por herança todas as nações; tu possuirás os confins do mundo. Tu as governarás com cetro de ferro, tu as pulverizarás como um vaso de argila” Agora, ó reis, compreendei isso; instruí-vos, ó juizes da terra. Servi ao Senhor com respeito e exultai em sua presença; prestai-lhe homenagem com tremor, para que não se irrite e não pereçais quando, em breve, se acender sua cólera. Felizes, entretanto, todos os que nele confiam [1].


Quanto ao Salmo 2, pode-se começar destacando o primeiro versículo que diz “Por que tumultuam as nações?”, o versículo 4 "Aquele, porém, que mora nos céus, se ri..", depois o versículo 6 que lhes fala: "Fui eu, diz, quem me sagrei um rei..."
a) Deus Ri dos que acreditam que governem a terra. A realeza de Jesus já está estabelecida e precisamos partir deste ponto.
b) "publicarei o decreto" - decreto: determinação que emana do chefe de estado. Então o decreto publicado é uma determinação do nosso "Chefe de Estado", o governante do mundo: o Senhor.
c) o decreto diz: PEDE-ME E DARTE-EI AS NAÇÕES POR HERANÇA.
PEDE-ME. É tempo de pedir as nações por herança, porque as nações já são do Senhor. Ele nos dá por herança porque já é o Dono delas (mesmo que não pareça, Ele é o dono do mundo).
d) Porém, existem duas partes do salmo no presente (que estão escritas como ordens) e algumas promessas no futuro:
- Pede-me – o tempo de pedir é AGORA.
- Dar-te-ei - o Senhor nos dará, porém no FUTURO.
- AGORA reis, SEDE prudentes, deixai-vos corrigir juízes da terra: Deus mostra que agora devemos pedir as nações, e também sermos prudentes e deixar Ele nos corrigir, para no futuro podermos tomar posse da nossa herança: AS NAÇÕES.
As ordens de Deus no momento são duas e são claras: Pedir as nações e deixar-se corrigir por Deus.
Este tempo é tempo de profunda volta a Deus, de conversão verdadeira ao Senhor, é tempo do MUR Brasil se deixar corrigir. De Deus nos corrigir enquanto pessoas, mas do MUR como um todo, como pessoas e como Ministério DEIXAR-SE CORRIGIR. É tempo de converte-se, de se deixar corrigir.
Aqui no RS Deus tem falado muito forte sobre a conversão e a vida.
O CORAÇAO QUE BOMBEIA O SONHO É O CORAÇAO QUE BOMBEIA CONVERSÀO. Um depende do outro, como a pequena e a grande circulação no corpo humano. 

Mas agora, melhorai vossos caminhos e os vossos atos, e escutai o apelo de Iaweh, vosso Deus, e Iaweh se arrependerá do mal que anunciou contra vós[2].


[1] Salmo 2.
[2] Jr.26.

3 Conversão e Vida

O Senhor ainda tem falado a nós sobre a necessidade de conversão. Isso fica claro em duas palavras que o Senhor nos deu

Disse-me o Senhor em seguida; não intercedais em favor desse povo. Se jejuar, não escutarei seus lamentos, e se oferecer holocaustos e oblações não os aceitareis[1].

O Senhor disse; Esse povo vem a mim apenas com palavras e me honra só com os lábios, enquanto seu coração está longe de mim e o temor que ele me testemunha é convencional e rotineiro[2].

O entendimento de tudo isso, é que Deus quer a VERDADE E NÃO O SACRIFÍCIO. É doloroso ver o Senhor nos falando dessa forma. Mas não há como escapar Dele. Ele grita nos nossos ouvidos por purificação e conversão. E nós, o que temos feito? O máximo que conseguimos foi encher nossa rotina de terços, orações, propósitos e compromissos só da boca pra fora? Será que é só isso que temos pra dar?
Certamente não. Somos capazes de, diante de tudo isso sermos humildes, obedientes e escancarar as nossas profundezas mais escuras pro Senhor. 


[1] Jr.14,11-22.
[2] Is.29,13.

4 Um Novo Tempo

Deus nos chama a termos um coração reto, puro, que busca a conversão, e procura o Senhor de todo o coração. O sonho não pode estar acontecendo fora de nós, mas tem que estar em primeiro lugar dentro de nós. Nós somos o Sonho!

Felizes aqueles que cuja vida é pura e seguem a Lei do Senhor. Felizes os que guardam com esmero seus preceitos e o procuram de todo o coração; e os que não praticam o mal, mas andam em seus caminhos. Impusestes vossos preceitos para serem observados fielmente; oxalá se firmes os meus passos na observância de vossas leis. Não serei então confundido, se fixar os olhos nos vossos mandamentos. Louvar-vos-ei com reto coração, uma vez instruído em vossos justos decretos. Guardarei as vossas leis; não me abandonareis jamais[1].

Precisamos fixar os olhos em Jesus, como a palavra nos diz, pois quem fixa os olhos no Senhor não será confundido. A imagem que Deus nos dá é de Jesus nos chamando com todo o amor, nos convidando a olhá-Lo nos olhos e nos deixarmos olhar por Ele. O Senhor quer nos olhar nos olhos para que nos sintamos amados por Ele, pois ninguém fica indiferente ao olhar de Jesus, nem Mateus, nem Pedro, nem Zaqueu, nem Maria Madalena, nem a samaritana, nem você, nem eu. “Senhor tu me olhastes nos olhos, a sorrir, pronunciastes meu nome. Lá na praia eu larguei o meu barco, junto a ti buscarei novo mar”.

Vós sonhais tão perto do Meu coração! O Meu coração está tão perto do vosso!Tenham coragem para não medir o tamanho de vossos passos, pois meu Espírito está convosco. Tendes coragem! Não tenham medo![2]

Somos chamados a sentir em nosso coração a dor do coração de Jesus por querer amar e salvar almas. Que choremos junto com o Senhor pelas almas que ainda precisam ser salvas, dos nossos colegas, dos nossos professores, daqueles que não O conhecem. Deus nos chama a misericórdia, não ao sacrifício.

De que serve jejuar, se com isso não vos importais? E mortificar-nos, se nisso não prestais atenção? É que no dia do vosso jejum só cuidais dos vossos negócios, e oprimis todos os vossos operários. (...) Não é jejuando assim que fareis chegar lá em cima vossa voz. (...) Sabeis qual é o jejum que eu aprecio? – diz o Senhor Deus: É romper as cadeias injustas, desatar as cordas do jugo, mandar embora livres os oprimidos, e quebrar toda a espécie de jugo[3].

Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão, pois me cultuam, porque ensinam doutrinas e preceitos humanos[4].


Deus nos exorta a não fazer as coisas por aparência, a não louvar nem jejuar, nem oferecer qualquer sacrifício sem que o nosso coração esteja realmente entregue e disposto a se colocar a disposição do Senhor. O discernimento que nos é dado é de que estamos com os corações endurecidos e secos, sem fé e sem esperança, mas o Senhor pode nos dar um coração novo e transformado.

Porque eu quero o amor mais que os sacrifícios, e o conhecimento de Deus mais que os holocaustos[5].

Meu coração se revolve dentro de mim, eu me comovo de dó e compaixão[6].


O Senhor fala ainda que se preocupa com o que está dentro, não com o que está fora de nós. Por isso, temos que agir com um coração verdadeiramente contrito e sincero.

Ó insensatos Gálatas! Quem vos fascinou a vós, ante cujos olhos foi apresentada a imagem de Jesus Cristo crucificado? Apenas isso quero saber de vós: recebestes o espírito pela prática da lei ou pela aceitação da fé? Sois assim tão levianos? Depois de terdes começado pelo espírito quereis agora acabar pela carne? Ter feito tais experiências em vão! Se é que foi em vão! Aquele que vos dá o Espírito e realiza milagres entre vós, acaso o faz pela prática da lei ou pela aceitação da fé? Foi este o caso de Abraão: ele creu em Deus e isso lhe foi levado em conta de justiça[7].


A imagem que vem confirmar esta palavra é de uma porta grande e dourada que se abre e dá para um jardim (na palavra, Jardim é um lugar de intimidade), e Jesus nos conduzia por este jardim. Muitas pessoas não estavam encontrando a chave para abrir esta porta e a chave é a oração.


[1] Salmo 118, 1-8.
[2] Profecia.
[3] Is. 58.
[4] Mc.7, 6-7.
[5] Os. 6,6.
[6] Os. 11,8b.
[7] Gal. 3, 1-6.

5 Fé e Alegria

Ao ouvir esse tumulto, minhas entranhas comoveram-se; ao seu ruído meus lábios tremeram; a cárie penetra meus ossos, e meus passos vacilam debaixo de mim (...) Não haverá mais ovelhas no aprisco (...) eu, porém, regozijar-me-ei no Senhor. Encontrei minha alegria no Deus de minha salvação. Javé, meu Senhor, é minha força[1].

Mesmo que nossos passos vacilem, que nossos lábios tremam, mesmo que estejamos atribulados por alguma situação, que a gente consiga se entregar ao Senhor, pois Nele encontraremos a verdadeira alegria.

Tira Jerusalém, a veste de luto e de miséria; reveste, para sempre, os adornos da glória divina. Cobre-te com o manto da justiça que vem de Deus, e coloca sobre a cabeça o diadema da glória do Eterno. Deus vai mostrar a terra, e sob todos os céus, teu esplendor. Eis o nome que te é dado por Deus, para todo o sempre: Paz da justiça e esplendor do temor a Deus! Ergue-te, Jerusalém, galga os cumes e olha para o oriente! Olha: ao chamado do Altíssimo, reunem-se teus filhos, desde o poente até o levante, felizes por se haver Deus lembrado deles. Quando de ti partiram, caminhavam a pé, arrastado pelos inimigos. Deus, porém, te devolve, conduzidos com honras, quais príncipes reais, porque Deus dispôs que sejam abaixados os montes e as colinas, enchidos os vales para que se una o solo, para que Israel caminhe com segurança sob a glória divina. As florestas e as árvores de suave fragrância darão sombra a Israel, por ordem do Senhor. Em verdade, é o próprio Deus quem conduz Israel, pleno de júbilo no esplendor de sua majestade, pela sua misericórdia![2].

Que estejamos atentos para que o luto e o abatimento não recaiam sobre o Ministério Universidades Renovadas do Rio Grande do Sul, pois já vivemos na certeza da vitória de Jesus, e na alegria da salvação.

Sabemos, irmãos amados de Deus, que sois eleitos (rodapé - chamados à fé). O nosso Evangelho vos foi pregado não somente por palavra, mas também com poder (rodapé - com manifestações milagrosas de poder), com o Espírito Santo (rodapé - manifestado nos carismas extraordinários) e com plena convicção. Sabeis o que temos sido entre vós para a vossa salvação[3].

Esta é a palavra que nos dá a certeza de que cada um de nós é eleito, chamado à fé e pregadores do Evangelho não somente por palavras, mas com manifestações poderosas e milagrosas e com carismas extraordinários. Deus vem confirmar o nosso chamado para sermos "profetas de fogo".
Deus prova a nossa fé e nos diz que se nós cremos verdadeiramente Ele fará grandes obras e nós também faremos com Ele. Nossa fé não pode ser limitada, porque é o Senhor quem faz a obra em nós e através de nós.

Mais tarde, ele apareceu sob outra forma a dois entre eles que iam para o campo. Eles foram anuncia-lo aos demais. Mas estes tampouco acreditaram. Por fim apareceu aos onze, quando estavam sentados a mesa, e censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, por não acreditarem nos que o haviam visto ressuscitado. E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas, manusearão serpentes e, se beberem algum veneno mortal, não lhe fará mal; imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados[4].

 Num contexto em que o nosso Senhor, tem nos convidado a intimidade e ao abandono, Ele vem nos pedir que sejamos servos alegres e cheios de fé. Ser servo alegre e cheio de fé não significa achar tudo bom e confiar sem fazer nada. Significa encarar todas as coisas  com a certeza e a alegria de quem é Filho de Deus e tem a vitória certa em Jesus. É buscar a Deus de coração, entregar-se todo a Ele e ter a confiança de que Deus é fiel  e não confunde os passos de quem o ama. É ter a tranqüilidade de quem faz a sua parte, busca Deus com sinceridade e sabe que Ele toma a frente de tudo, mesmo quando a visão se turva.
É hora de agir! Temos que ser servos alegres e confiantes, já! Nenhuma dificuldade ou dúvida ou cansaço vão sumir instantaneamente. Mas Deus nos chama a sermos profetas, é tempo novo, de unção para mudar a história.
Temos buscado a Deus de coração, não é mesmo? Temos ido atrás da intimidade e da conversão verdadeira, não é? Temos clamado a Deus e Ele tem nos falado e feito maravilhas no nosso meio, certo?
Então, nada mais nos falta para ter firme no nosso coração que Deus guia os nossos passos pessoais e os passos do MUR, sempre, a cada momento e que por isso, devemos ser servos cheios de alegria e de fé no amor do nosso Deus que nunca falta nem falha!


[1] Hab.3,16-18s.
[2] Baruc 5.
[3] ITes.1.
[4] Mc.16,12-18.

6 Docilidade e Abandono: Deixar Deus Fazer

... Pois toda a casa tem seu construtor, mas o construtor de todas as coisas é Deus. Moises foi fiel em toda a sua casa, como servo e testemunha das palavras de Deus. Cristo, porém, o foi como filho à frente de sua própria casa. E sua casa somos nós, contanto que permaneçamos firmes até o fim, professando intrepidamente a nossa fé e ufanos da esperança que nos pertence[1].


Cristo é superior a Moises. É Jesus quem tem poder sobre a sua casa que é o MUR/RS e não Moises, ou ainda, os pastores (coordenadores) que devem apenas ser servos e testemunhas. Deus chama os pastores a profetizarem sobre suas ovelhas.
Deus nos chama a intimidade! O chamado a conversão continua, porém é muito mais profundo. É morrer para o velho e nascer para o novo. É como as dores do parto; uma mulher sofre para dar a luz, mas a felicidade é maior pela criança que está nascendo. Nascer é sofrido, mas é preciso!

Se morremos com ele, com ele viveremos. Se soubermos perseverar, com ele reinaremos. Se, porém, o renegarmos, ele nos renegará. Se formos infiéis... ele permanece fiel, e não pode desdizer-se[2].

É preciso morrer com o Senhor para com ele vivermos.

... prepara a tua alma para a provação; humilha teu coração espera com paciência, dá ouvidos e acolhe as palavras de sabedoria; não te perturbe no tempo da infelicidade, sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência, a fim de que no derradeiro momento tua vida se enriqueça. Aceita tudo o que te acontecer permanece firme, na humilhação tem paciência. Pois, é pelo fogo que se experimenta o ouro e a prata, e os homens agradáveis a Deus pelo caminho da humilhação[3].

Somos chamados ao abandono. Deus nos dá a imagem de um mar imenso. O azul do céu se confunde ao azul do mar, um azul escuro. No meio do mar existe um pequeno barco, este barco assume duas formas diferentes de acordo com duas visualizações diferentes:
- Em uma das visualizações o barco, à medida que vai para o alto mar cresce e se transforma em uma grande caravela.
- Em outra o barco parece pequeno e está a deriva no meio do mar. A tempestade está acontecendo, o que causa medo. Mas, Deus nos chama ao abandono. No inicio o barco está preso por cordas e pela âncora que o segura.
A imagem do pequeno barco é de uma embarcação sem remos. Deus nos chama a soltar os remos em meio à tempestade, confiar e deixar que Deus cuide da tempestade (teste de fé).
Deus nos convidava ao abandono e a docilidade. As imagens que o Senhor mostrava eram de dois tipos de barco, um pequeno com um par de remos e que estava a deriva e uma caravela. O barco pequeno representa cada uma de nós, como coordenadores, que somos convidados a largar os remos e nos abandonar no mar de Deus para que Ele nos conduza. Já o barco grande, a caravela, que possui muitas velas e remos é o Ministério como um todo. Antes de deixar um barco grande à deriva, é muito mais fácil deixar um pequeno. E é muito mais fácil ter coragem de soltar um par de remos do que muitos pares de uma grande caravela.

Lastimai-vos navios de Tarsis, porque o vosso porto foi destruído (...). Foi o Senhor dos exércitos quem o decidiu para ferir o orgulho da nobreza e para aviltar os mais considerados da terra. (...) O Senhor estendeu a mão sobre o mar e abalou os reinos. Ele ordenou a destruição das fortalezas de Canaã. (...) Lastimai-vos, navios de Tarsis, porque vosso porto foi destruído. Naquele tempo, Tiro será esquecida durante setenta anos. No reinado de outro rei, ao fim de setenta anos, realizar-se-á para ela a canção da meretriz (...) Porém, os lucros, que lhe trouxe seu comércio serão consagrados ao Senhor em vez de serem entesourados[4].

Eis o que diz o Senhor Javé: Tiro, tu dizias: sou um navio de perfeita beleza. No coração do mar está o teu domínio, teus construtores acabaram o teu explendor. Fizeram a tua quilha com cipreste de Senir, tomaram um cedro no Líbano para te fazerem um mastro; com carvalho de Basã te fizeram os remos. Teus barcos eram de marfim, incrustrados de madeira da ilha de Quitim.  Teu velante era de linho do Egito, tecido para te servir de pavilão: a púrpura violeta e o escarlate das ilhas de Elisa formavam a tua tenda. As gentes de Sidon e de Arvard eram teus remadores, os mais hábeis de Semer te serviam de piloto. Os velhos de Gebal, experientes lá estavam, para consertar as tuas fendas.(...) Ficaste cheia, ficaste por demais pesada, no seio dos mares! Condiziram-te os teus remeiros até as grandes águas... O vento do oriente quebrou-te no coração do mar. Tuas riquezas, teus víveres, teus produtos, teus marinheiros e pilotos e consertadores de navios e corretores, todos os guerreiros que possuías contigo, e a multidão que tinha a bordo foram tragados pelo mar no dia do teu naufrágio.(...) Eles fazem ouvir sobre ti o seu pranto com gritos amargos. Cobrem sua cabeça com poeira e rolam na cinza; rapam a cabeça por tua causa, vestem sacos; eles te choram, com o coração angustiado, em amarga lamentação! (...) Quem era semelhante a Tiro, agora emudecida no meio do mar?[5]

Assim, para que o MUR/RS experimente o abandono em Deus é preciso que nós, coordenadores, tenhamos coragem de largar os remos e nos render ao Senhor. É preciso se abandonar nos braços do Pai das Misericórdias.
O Senhor está dentro do barco e a pergunta é: “porque o medo da tempestade, do que está fora do barco, se aquele que pode acabar com tudo isso está dentro do barco? Porque o medo de acordar o Senhor? É preferível deixar a tempestade acontecendo do que deixar que o Senhor tome conta da situação?”

Subiu ele a uma barca com seus discípulos. De repente, desencadeou-se sobre o mar uma tempestade tão grande, que as ondas cobriam a barca. Ele, no entanto, dormia. Os discípulos de achegaram a ele e o acordaram, dizendo: Senhor, salva-nos, nós perecemos! E Jesus perguntou: Por que este medo, gente de pouca fé? Então levantou-se, deu ordens aos ventos e ao mar, e fez-se uma grande calmaria. Admirados, diziam: Quem é este homem a quem até os ventos e o mar obedecem?[6]

Do que as pessoas têm mais medo... da tempestade ou de abandonar-se no Senhor? Os corações estão fechados, endurecidos, medrosos e com pouca fé. O povo foge do chamado!
Deus está pedindo que confiemos plenamente Nele; que não tenhamos medo de ficar a deriva no meio do mar. O Senhor nos dá um discernimento de que o mar nunca aceita o que não é dele. Quando se joga lixo, ou se colocam oferendas no mar, ele devolve tudo para a beira da praia; quando há derramamento de óleo na praia o mar leva para a beira da praia e ali aquela mancha se desfaz. Mas, da mesma forma que ele não aceita nada que não vem dele, o mar também não deixa que nada do que é seu se perca. Por exemplo, o mar pode trazer diversas espécies de peixes até a praia, mas nunca os deixa ali; os recolhe da mesma forma que os trouxe. Da mesma forma que o mar, Deus nos quer completamente Dele, sem sujeiras, sem lixo, sem manchas, sem oferendas. O Senhor faz a mesma limpeza que o mar; manda embora o que não é dele e conserva o que é seu, ou seja, Deus conserva a nossa essência, Ele nos resgata, para sermos aquilo que Ele nos criou para sermos, santos e felizes.
Deus nos quer purificados, quer que deixemos o que não é nosso, que não pertence a nossa essência, a forma como Ele nos fez. E é o Senhor quem faz tudo, é o mar quem decide o que precisa ser jogado na praia e o que deve retornar a ele, nós, assim como os peixes, só precisamos estar neste mar, abandonados em Deus.
O nosso Deus nos diz que a nossa essência é linda e o que precisa ser tirado são os acessórios que muitas vezes nós colocamos em nossas vidas e que acabam atrapalhando a nossa caminhada. Quando o Senhor nos pede para largar os remos e nos abandonarmos Nele, não está pedindo que reneguemos a nós mesmo, mas que deixemos que Ele nos transforme para sermos o mais próximo do que éramos quando ele nos criou, mais próximos da essência perfeita que Ele sonhou pra nós. Chegar na nossa essência é nos encontrarmos realmente com aquele que nós somos.

Por isso, como diz o Espírito Santo: hoje, se ouvir a sua voz, não endureçais os vosso corações, como por ocasião da Revolta, como no dia da tentação no deserto, quando vossos pais me puseram à prova e viram meu poder por quarenta anos. Eu me indignei contra aquela geração, porque andavam sempre extraviados em seu coração e não compreendiam absolutamente nada dos meus desígnios. Tomai precaução, meus irmãos, para que ninguém de vós venha perder interiormente a fé, a ponto de abandonar o Deus vivo. Antes, animai-vos mutuamente, cada dia, durante todo o tempo compreendido na palavra hoje, para não acontecer que alguém se torne empedernido com a sedução do pecado[7].

O Senhor mostrava um céu de fogo e um rastro de fogo no chão seco. Somos guiados pelo fogo e quando falamos de abandono  muitas vezes nosso coração fica com medo, parece que o convite é para que larguemos tudo "nas mãos de Deus" que Ele vai fazer tudo sozinho. Ledo engano... Abandono não quer dizer descaso. E o entendimento que o Senhor nos deu era de que nesse ano de docilidade e abandono em Deus íamos ser guiados por aquele caminho de fogo que Ele revelou na imagem. Experimentar a radicalidade da confiança em Deus e da fé através do abandono nEle, mas não com uma postura de preguiça, mas como PROFETAS DE FOGO (que tem fogo nas palavras e que testemunham com a vida), como Ele já nos constituiu desde o ano passado.

 Vigia esperando aurora, qual noiva esperando o amor, é assim que servo espera, a vinda do seu Senhor. (...) Se é noite escura, ascendo a minha tocha, dentro do peito, o sol já desbrocha. Filho da luz, não vou dormir: vigio, ao mundo frio vou levar o amor![8]


[1] Hb.3,1-6.
[2] IITm. 2,1-13.
[3] Eclo.2,1-6.
[4] Is.23.
[5] Ez.27.
[6] Mt.8,23-27.
[7] Hb.3,7-19.
[8] Música profética: Vigia Esperando a aurora.

7 Forjados pelo Senhor dos Senhores

Deus nos chama ao abandono e a docilidade, a deixar Deus agir em nossas vidas e a termos intimidade com Ele. Somos convidados a nos deixar Forjar pelo Senhor dos Senhores, a nos deixar sermos gerados de novo por Ele.
A forja é um conjunto de fornalha, fole e bigorna, de que se serve o ferreiro para executar obras de ferro. A fornalha é o forno com um grande fogaréu onde se derrete o ferro. O fole é utilizado para atiçar o fogo. E a bigorna é um bloco massiso de ferro capaz de suportar fortes e pesadas pancadas do ferreiros para modelar o ferro.
Para que o ferro se torne o objeto desejado pelo ferreiro é necessário que ele seja batido, quebrado, destruído, derretido pelo fogo e remodelado. A grande dificuldade de se abandonar em Deus é de ser provado pelo fogo e de ser destruído. Mas Deus quer nos destruir e nos curar de tudo o que nos impede de estar em intimidade com Ele, pois ele busca a nossa essência. Necessariamente, para sermos forjados, passamos pela dor e pelo sofrimento, Quer dizer, a obra é grande e não é fácil. Deus quer remexer em nós, destruir e fazermos novos e o nosso coração têm que estar disposto a isso. Quem está servindo, é chamado a ser o primeiro a experimentar a ação de Deus.  

A iniquidade de Efraim foi desvendada, bem como a maldadde de Samaria, porque cometem fraudes. O ladrão penetra nas casas, e a quadrilha de salteadores anda por aí impunemente. Não é com sinceridade que dizem que me lembro de todas as suas maldades. Agora suas más obras os envolvem, e eu os tenho diante de meus olhos. (...) o padeiro cessa de atiçar o fogo depois que trabalhou a massa, até que ela se levede. (...) Quando conspiram seu coração é como um forno; toda a noite dorme o calor do seu ressentimento, mas pela manhã ele queima com uma chama viva. Todos eles ardem como um forno e consomem os seus juízes. Todos os seus reis caíram, sem que nenhum deles me tenha invocado. Efraim mistura-se com os outros povos, Efraim é uma torta que não foi virada. (...) A arrogância de Israel da testemunho contra ele; não se volta para o Senhor seu Desu, e, apesar de tudo, não o buscam. Efraim é como uma pomba ingênua, sem inteligência. (...) Ai deles porque fogem de mim! Serão arruinados porque se afastam de mim. Enquanto eu os queria salvar, proferiam mentiras contra mim. Não me invocavam do fundo de seu coração, mas se lamentavam em seus leitos. (...) Eu os adverti e fortifiquei seus braços, mas eles meditaram o mal contra mim. Não é para o Altíssimo que eles se voltam... [1]

O Senhor nos fala sobre ladrões que andam impunes no nosso meio com a faca no pescoço do povo de Deus. O discernimento que nos é dado é de que o inimigo ainda mantém muitas pessoas como reféns.
Deus nos fala que ainda existe no coração de muitas pessoas o ressentimento que queima como uma chama viva nos corações. O Senhor nos chama a renúncia e ao perdão, pois temos sido como uma torta que não foi virada. O que acontece com uma torta que não foi virada? Aparentemente ela está pronta, se olhar por fora pode parecer até que já está quase queimando, pois já faz muito tempo que está no fogo e já está começando a queimar, mas por dentro a torta continua crua. Abrindo-se a torta, pode-se perceber que apenas o exterior, a casca nos passava a impressão de estar pronta, mas o interior ainda não está pronto, pelo contrário, está crú. O interior de muitos servos do Ministério Universidades Renovadas do Rio Grande do Sul ainda está crú, por mais que pareça que já estão prontos e que não tem mais porque ficar no fogo, o nosso Deus que conhece o interior de cada um, sabe o que ainda está crú e precisa, ainda, ser provado pelo fogo. Por isso, precisamos deixar que o Senhor venha nos forjar, pois só Ele conhece verdadeiramente o nosso interior.
Somos exortados sobre a arrogância de Israel que, segundo a palavra, dá testemunho contra ela mesma. Mais uma vez, Deus vem nos falar da necessidade de quebrar com o orgulho, a prepotência, a auto-suficiência e com a idéia de independência que muitos têm, achando que já estão suficientemente prontos para dar conta de tudo sozinhos e que todos os seus passos e todas as suas ações, mesmo que fora de momentos de oração e discernimento provém unica e exclusivamente de Deus.
O Senhor também nos chama a atenção sobre o povo que foge Dele e que está sendo arruinado porque se afastam de Deus. Mesmo que muitos o invoquem, o louvem e louvem mais e mais, ainda não o fazem do coração, por isso, tantas vezes ouvimos o Senhor nos exortar sobre sermos um povo que louva apenas com os lábios, por isso, Deus nos chama a transformação a nos deixar forjar pelo Senhor dos Senhores.




[1] Oséias